31 agosto 2010

Sábado Nosso de Cada Semana

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sábado o dia amanheceu cagado. é que a semana nem grávida estava, uma história muito deslinguada. o precioso dos tolos perdido, numa vala pouco cavada. tinha uma enorme serpente alada, no canto da boca do deus da fumaça. uma euforia contida na praça, de uma musa que andava pelada. uma sirene entoava o alarde, uma mutreta muito bem camuflada, do palhaço que ria do bobo. um porteiro abria a porta, do edifício que saía a chama, que ia pegar na perna da cadela. mas tudo isso foi muito doido, um cortejo na hora do almoço, e um morto de fome na rua. a cerveja preta que dói, foi bebida no alto do andaime, por um camarada desempregado, que mijava um liquido enferrujado. a velha guarda me aguarda ansiosa, à espera de alguma fofoca, sobre a freira que dava no haiti, comida aos desabrigados.
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