parti, Cabral! fica aí com tuas nêgas mas não perca o caminho de volta (mais uma vez). porque é desde além mar que vivo a navegar. parti, Cabral! não deu pra misturar águas de outras pátrias com a que me constrói. mas não permita, Cabral, que eu parta sem uma boa dose de tua cachaça e uma flâmula de Sua Majestade, o Sabiá.
29 setembro 2009
O Sorriso de Monalisa
ela sorriu. um riso sério, conformado e cheio de veneno. ela sorriu a tristeza indisfarçada, marcada pelos olhos ternos e recém lavados. e daí que sorrisse? sabia-se impotente ante o marasmo que consumia-lhe os dias. mas ela sorriu. pensou nele e viu-se com ele e deu-se um motivo de vida. nada que vislumbrasse um pé na lua, mas uma ilusão sincera de uma mentira que pudesse dar-se. não havia mentira - sabia. apenas o semblante triste amiúde que a contragosto perseguia. pegou o retrato e saiu cantarolando uma musiquinha bossa nova.
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